Pergunta reflexiva:
Você está planejando sua aposentadoria ou vai deixar para ver depois?
Muita gente só pensa em aposentadoria quando a velhice bate na porta. Outros nem sequer sabem como funciona o INSS. A verdade é que o tempo passa, e se você não planejar, vai depender única e exclusivamente do que o governo decidir pagar. E sabemos bem que essa conta não fecha.
E tem mais: muita gente pensa que o INSS serve apenas para aposentadoria. Mas o INSS é muito mais do que isso. Ele é como um seguro de vida — válido também para auxílio-doença, invalidez, salário-maternidade, pensão por morte… Ou seja, o INSS é para o futuro, sim — mas é também para o presente.
Se nada acontecer, você se aposenta. Mas se acontecer alguma coisa, ele pode ser o suporte que vai te segurar hoje.
O Toma de Conta não está aqui para dizer que você deve parar de viver hoje para pensar no futuro, mas sim para te mostrar que, com equilíbrio, dá pra curtir o presente e garantir um futuro digno.
Aposentadoria não se resume ao INSS. Quanto antes você entender isso, mais tranquilo será seu caminho.
A pergunta não é só:
“Quanto vou ganhar do INSS?”
A pergunta real é:
“O valor do INSS vai garantir a tranquilidade que você sonha para o seu futuro?”
Seja qual for sua resposta, o mais importante é saber que a responsabilidade pelo seu futuro é sua — e começa agora.
Ainda está com dúvida? Clica nesse botãozinho abaixo e faz uma simulação do que você está deixando passas.
1. INSS puro
2. Investimento com rendimento (0,67% a.m.)
3. Investimento com rendimento (0,67% a.m.) – Invalidez com 17,5 anos de contribuição
4. Investimento com rendimento (0,67% a.m.) + Seguro – Sem invalidez
5. Investimento com rendimento (0,67% a.m.) + Seguro – Invalidez com 17,5 anos de contribuição
• Idade inicial: 30 anos
• Tempo de contribuição/investimento: 35 anos
• Idade de aposentadoria: 65 anos
• Expectativa de vida considerada: 85 anos (20 anos de recebimento)
• Taxa de rendimento usada: 0,67% ao mês (poupança)
• Valor de contribuição mensal: equivalente ao que seria pago em INSS + IR (Empresa Simples Nacional – Anexo III)
• Aplicação mensal nos investimentos: mesmo valor que seria destinado ao INSS + IR
• Seguro (quando aplicado): custo mensal definido pela apólice escolhida (ex.: R$ 50 mil, R$ 100 mil, R$ 500 mil)
• Cenário de invalidez: interrupção da contribuição aos 17,5 anos (metade do tempo)
• Para facilitar os cálculos, considerou-se que o valor do salário permaneceu fixo durante os 35 anos de contribuição, sem considerar inflação, reajustes salariais ou mudanças de alíquotas.
• As simulações foram feitas de forma simplificada, sem aplicação de regras previdenciárias complexas (como cálculos proporcionais, carências ou transições de reforma).
Observação: Todos os valores foram considerados em valores atuais, sem correção monetária ou inflação.
1. INSS puro:
– Contribuição mensal: 1.518 x 11% = 166,98
– Tempo de contribuição: 35 anos = 420 meses
– Total contribuído: 166,98 x 420 = 70.131,60
– Benefício mensal líquido simulado: 1.518,00
– Total recebido em 20 anos: 1.518 x 12 x 20 = 364.320,00
2. Investimento com rendimento (0,67% a.m.):
– Valor investido por mês: 166,98
– Saldo acumulado com rendimento: ≈ 386.311,15
– Renda mensal só com juros: 386.311,15 x 0,67% = 2.588,29
3. Investimento com rendimento (0,67% a.m.) – Invalidez 17,5 anos:
– Valor investido por mês: 166,98
– Saldo acumulado com rendimento: ≈ 55.500,00
– Renda mensal só com juros: 55.500,00 x 0,67% = 372,00
4. Investimento + Seguro (50/mês – apólice 50 mil):
– Valor investido por mês: 116,98
– Saldo acumulado com rendimento: ≈ 270.523,50
– Renda mensal só com juros: 270.523,50 x 0,67% = 1.812,51
5. Investimento + Seguro (invalidez 17,5 anos):
– Valor acumulado: ≈ 38.900,00 + indenização 50.000 = 88.900,00
– Renda mensal só com juros: 88.900,00 x 0,67% = 595,63
1. INSS puro:
– Desconto do INSS: 440,00 | IR: 179,20 | Total: 619,20
– Tempo de contribuição: 35 anos = 420 meses
– Total contribuído: 619,20 x 420 = 260.064,00
– Benefício mensal líquido simulado: 3.395,00
– Total recebido em 20 anos: 3.395 x 12 x 20 = 814.800,00
2. Investimento com rendimento (0,67% a.m.):
– Valor investido por mês: 619,20
– Saldo acumulado com rendimento: ≈ 1.433.580,00
– Renda mensal só com juros: 1.433.580,00 x 0,67% = 9.610,99
3. Investimento com rendimento (0,67% a.m.) – Invalidez 17,5 anos:
– Saldo acumulado com rendimento: ≈ 197.600,00
– Renda mensal só com juros: 197.600,00 x 0,67% = 1.324,00
4. Investimento + Seguro (200/mês – apólice 200 mil):
– Saldo acumulado com rendimento: ≈ 970.400,00
– Renda mensal só com juros: 970.400,00 x 0,67% = 6.501,00
5. Investimento + Seguro (invalidez 17,5 anos):
– Saldo acumulado + indenização: 328.300,00
– Renda mensal só com juros: 2.200,00
1. INSS puro:
– Desconto do INSS: 897,32 | IR: 1.130,00 | Total: 2.027,32
– Tempo de contribuição: 35 anos = 420 meses
– Total contribuído: 2.027,32 x 420 = 851.478,00
– Benefício mensal líquido simulado: 6.500,00
– Total recebido em 20 anos: 6.500 x 12 x 20 = 1.560.000,00
2. Investimento com rendimento (0,67% a.m.):
– Valor investido por mês: 2.027,32
– Saldo acumulado com rendimento: ≈ 4.690.000,00
– Renda mensal só com juros: 4.690.000,00 x 0,67% = 31.423,00
3. Investimento com rendimento (0,67% a.m.) – Invalidez 17,5 anos:
– Saldo acumulado com rendimento: ≈ 935.000,00
– Renda mensal só com juros: 935.000,00 x 0,67% = 6.265,00
4. Investimento + Seguro (500/mês – apólice 500 mil):
– Saldo acumulado com rendimento: ≈ 3.532.000,00
– Renda mensal só com juros: 3.532.000,00 x 0,67% = 23.664,00
5. Investimento + Seguro (invalidez 17,5 anos):
– Saldo acumulado + indenização: 1.148.000,00
– Renda mensal só com juros: 7.695,00
| Cenário | Salário 1.518 | Salário 4.000 | Salário 8.157,41 | Saldo Acumulado | Renda Mensal Juros |
| INSS puro | 1.518 | 3.395 | 6.500 | – | – |
| Investimento 0,67% | 2.588 | 9.610 | 31.423 | Saldo final em cada cenário | Valores acima |
| Inv. Invalidez 17,5 anos | 372 | 1.324 | 6.265 | – | – |
| Inv. + Seguro (sem inval.) | 1.812 | 6.501 | 23.664 | – | – |
| Inv. + Seguro (inval.) | 595 | 2.200 | 7.695 | – | – |
As simulações mostram que o impacto financeiro das escolhas de hoje é gigantesco no longo prazo. No modelo tradicional, pagando INSS e IR sobre o salário, o contribuinte desembolsa valores significativos por décadas, mas tem garantia de um benefício vitalício (ex: R$ 6.500 líquidos para quem contribui sobre o teto).
Por outro lado, investir o mesmo valor por conta própria, mesmo com rendimento modesto (0,67% a.m.), resulta em patrimônios de milhões de reais, com juros mensais muito superiores ao benefício do INSS. Mesmo em caso de invalidez, os valores acumulados podem manter uma boa renda, especialmente quando combinados com seguro.
Porém, o brasileiro em geral não tem o hábito de investir com disciplina. Se você se identifica com essa realidade, considere manter o INSS no valor máximo possível, principalmente quando é custo da empresa, pois em caso de doença ou acidente grave, há uma garantia imediata de renda vitalícia. Além disso, em uma doença grave, é comum que a reserva pessoal seja usada para custear tratamentos, podendo se esgotar rapidamente.
Não existe escolha certa ou errada absoluta. A decisão depende do perfil, da disciplina e do planejamento de cada um. O importante é não ignorar o futuro: seja pagando INSS, investindo, contratando seguro ou combinando estratégias. O pior cenário é não fazer nada e descobrir tarde demais que o tempo não volta.